terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Lisboa: Belém, seus monumentos e seus pastéis

Antes de desembarcarmos nessa escala na capital portuguesa é muito importante esclarecer uma coisa que sempre me incomoda (porque sou chata): pastéis de Belém só são fabricados em Belém. Aquele doce português que você compra aqui no Brasil, seja em casas portuguesas ou em redes de fast food, ou mesmo em outras cidade de Portugal é pastel de nata. Pastel de Belém é da Pastelaria de Belém, de 1837. E vou dizer Belém mais uma vez pra ficar repetitivo mesmo (e porque sou chata, já disse isso, né?). Belém. Belém. 

Mas antes de comer vamos passear um pouquinho. Lisboa é a maior cidade de Portugal e não dá pra conhecer em um dia. Como nunca dediquei muito tempo a ela, não posso preparar um daqueles roteirinhos lindos de três dias, por enquanto (hum... "por enquanto"... adivinha quem tá indo pra lá em breve! Quem? Quem? rs). Por isso, hoje vamos caminhar pela região de Belém mesmo, conhecer o Mosteiro dos Jerônimosa Torre de Belém e o Monumento aos Navegantes. Tudo por perto dos pastéis, pra não perder o lanche. #vaigordinha

Mosteiro dos Jerônimos

Esse mosteiro foi um pedido do rei D. Manuel I à Santa Sé, em 1496, porque queria construir um mosteiro na "entrada" de Lisboa, no lugar onde antes havia uma igreja. Quase um século depois ficou pronto, localizado de frente para o rio Tejo, com uma fachada de mais de trezentos metros, uma obra grandiosa e belíssima.

Eu já visitei muitas igrejas, mosteiros e conventos e confesso que acho tudo um pouco mais do mesmo. O estilo arquitetônico varia, claro, a história do local o torna mais interessante, mas poucos me chamam a atenção como esse mosteiro. Que lugar incrível! Considerado uma joia da arquitetura manuelina (sim, D. Manuel I imortalizou um estilo arquitetônico nacional, tá bom pra você?) imponente, para ser calmamente admirado por fora e por dentro, onde você tem vontade de sentar e ficar olhando os detalhes, ouvindo os monges... é um lugar tranquilo, sereno, para apreciar mesmo. 



Torre de Belém

Também construída durante o reinado de D. Manuel I, no final do séc. XV, essa fortificação fez parte de um plano estratégico de defesa dos interesses de terra e mar do país. Como eu provavelmente vou falar besteira, primeiramente deixo esse site com uma boa explicação sobre a configuração estrutural e funcionalidade dessa torre. E também informações sobre visitas, coisa que eu pretendo fazer em breve (Mary, vai anotando nosso roteiro), já que só conheço por fora. Agora não me xinguem pelo que vem a seguir.

Então, quando se fala em uma TORRE na foz de um porto de um país com maior poderio marítimo da época, imagina-se uma TOOOOORRE, não é? Pois é, não que seja algo decepcionante, mas a Torre de Belém, pra mim, é mais fofa do que estratégica. kkkkk


Não é fofinha? Parece uma miniatura.

Sério, não quero desmerecer o mérito dos heróis do mar, mas essa torre não me remete ao poder, à fortificação e à defesa contra ataques inimigos, parece um monumento simpático de boas-vindas. E não acho isso ruim.

Aqui tem algumas opções de combos para visitar a Torre, o Mosteiro e outras atrações. 

Monumento aos Navegantes

Esse sim, um monumento poderoso, imperioso, de estufar o peito!

 Uma bela obra de arte com 56m de altura


 A famosa Ponte 25 de Abril ao fundo

Também conhecido como Padrão dos Descobrimentos, representa as grandes navegações portuguesas, retratando os maiores heróis do mar. Tendo o infante D. Henrique, o Navegador, à proa, essa caravela simbólica leva Luís de Camões, Pedro Álvares Cabral, Vasco da Gama e outros 28 portugueses ilustres. O entorno do monumento também remete às conquistas marítimas, até no chão,  onde há a representação de um mapa mundi, uma rosa dos ventos e seres do mar, como uma sereia e um Neptuno.



 Sombra, sorria pra foto.


 O Mosteiro dos Jerônimos ao fundo

 E o calçadão de Copa! rs

Também pode ser visitado por dentro (Mary, mais um pra lista), com exposições sobre (dã) os descobrimentos e um mirante que promete uma bela vista hein... Quero ir logo. Mais informações sobre o monumento, horários e preços aqui

Agora podemos ir comer? :D

Pastéis de Belém

Ebaaaa!!! Chegou a parte mais legal do passeio. Doce!! Porque nada melhor para adoçar a vida que meia dúzia de pasteizinhos de Belém quentinhos. A pastelaria mais famosa e mais querida de Portugal fica bem pertinho do Mosteiro dos Jerônimos, seguindo na mesma rua. Sempre cheia, vale a pena ir com tempo para sentar e degustar seus pastéis com calma, desfrutando do ambiente tradicional e elegante do local.

 Anota esse endereço!



Decorada com os tradicionais azulejos portugueses, tem quadros e objetos antigos em exposição pela pastelaria, que conta com dois salões internos disputadíssimos.



 Ficou embaçada, mas olha pra esses tabuleiros!!! Que vontade de pegar um e sair correndo. 

 Little drops of heaven...

Aí você me diz "grande coisa, igual os outros pastéis de nata." Só. Que. Não. Os pastéis de Belém se destacam por sua receita centenária guardada a sete chaves, sendo reproduzida artesanalmente na "Oficina dos Segredos", local de acesso restrito aos mestres pasteleiros. Esse site conta um pouco mais da curiosa história dos pastéis de Belém. E pode pedir meia dúzia mesmo, é assim que se pede. É até engraçado ver os garçons levando pratos com pilhas de pastéis para duas ou três pessoas. kkkkk

Normalmente os pastéis de nata se comem frios, como a maioria dos doces portugueses, mas quem disse que esse tem tempo de esfriar? São milhares por dia, saindo direto do forno para as mesas. A pastelaria já chegou a vender 50 mil num só dia, mantendo uma média de 20 mil atualmente. Haja pastel!! Vai quentinho mesmo, com um pouco de açúcar e canela por cima. Ai ai...

A cidade das sete colinas tem muito mais para nos mostrar... Que tal voltarmos em breve pra lá? Siiiimmm!!!!

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